E no fim, a paz. O alívio de deitar a cabeça no travesseiro e dormir sem preocupações e com a sensação de dever cumprido. E no fim não houve fim, no fim um recomeço. O medo que antes reprimia agora é o combustível que faz tudo acontecer. As dúvidas que antes ardiam no peito agora são cinzas. Cinzas jogadas ao mar, levadas pelas ondas, perdidas pelo tempo.
A certeza de que toda a tempestade se foi e o céu irá se abrir outra vez é tão forte que nem o maior dos terremotos pode abalar. E mesmo em contramão está seguindo na direção certa.
E tudo fica em entrelinhas.
Camila Carneiro